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tortuga

TORTUGA = Tartaruga. Lento, decidido, resistente, vai longe e leva a casa nas costas, é exatamente o que queremos fazer, não tem pressa afinal de contas já está em casa!

Procurando na internet encontrei uma definição interessante, sem dúvida confirmando o nome que escolhemos.

Tartaruga

A tartaruga é um dos símbolos mais antigos representativos da Mãe Terra, significando nutrição, proteção, e também a cura que carregamos em nosso interior. A tartaruga nos recorda de que a conexão com a Grande Mãe está no dar e receber, na reciprocidade e somente assim podemos entender o verdadeiro significado da criação e da conexão

O casco da tartaruga carrega o simbolismo dos treze clãs maternos originais, a conexão Terra-Lua, as treze luas, a água, a terra, a associação ao feminino.
O casco rígido protege um ser, e associaram à Terra como um organismo vivo que protege todos os seres que nela vivem. Para os maias, o cinturão de Orion era visto como uma tartaruga cósmica. Na arqueologia maia encontramos a casa das tartarugas em Uxmal. A tartaruga era associada à água e ao deus da chuva.

 

O SONHO

Após o sonho de ser mãe e de criar uma família, ter um marido aposentado, precisávamos de outro sonho, passamos pela vida até aqui, criando raízes fortes que dão estabilidade, segurança financeira, porem imobilizaram a nossa vida. Nasce então a necessidade de mudança de ares, ver e conhecer o mundo além da nossa comunidade, decidimos então por uma vida no mar, uma embarcação ecológica, um catamarã a vela que iríamos construir nos mesmos, compramos vários projetos no estrangeiro.

Começamos então a nos preparar tirando as habilitações para arais, mestre arais e partindo para capitão.

Ao fazermos a pesquisa de materiais para a construção de nosso sonho ficamos assustados pelos preços praticados no país que chega a ser três a quatro vezes maior do que no exterior. Resolvemos então pesquisar a compra de um barco pronto no exterior, que custavam um quarto do que nos custaria fazer ele aqui, isso sem contar com a mão de obra. Descobrimos então que existe uma lei que proíbe a importação de barcos usados. Resumindo, desistimos do mar.

Opção, viajar de bicicleta, como e para onde?

Como estava na hora de ir visitar os filhos e netos na Holanda, resolvemos encaixar essa visita nos nossos planos de aventura. Nasceu então a ideia de fazer o caminho de peregrinação de Santiago de Compostela, começando por Jean Pied de Port na França, subindo os Pirineus e atravessando a Espanha até Compostela e finalizando em Finistera, completando 1.200 km de bike. Meu marido já tinha o costume de pedalar 20 km todos os dias pela manha, mas eu não. Resolvemos não nos preocupar com o detalhe, “vamos conseguir?”, pesquisamos a rota e compramos passagens, mandamos montar as nossas bikes, compramos alforjes que enchemos com garrafas pet de água até completarmos 30kg nos alforjes para nos acostumarmos com o peso, o que nos deu dois meses de treino.

Embarcamos rumo a Biarritz na França, viagem que levou 23 horas, onde retiramos as nossas bikes que foram maltratados pelos carregadores obrigando-nos a desentortar vários componentes retorcidos, isso as 11 e trinta da noite com o aeroporto fechando. De lá rumo a Jean Pied de Port nosso ponto de partida, na manha seguinte fomos de bicicleta até a estação de trem onde finalmente embarcamos junto com as bikes que penduramos em suportes especiais ao lado de onde sentamos.

No trem encontramos um casal de coreanos simpáticos que iam fazer a mesma peregrinação, só que a pé. Ficaram encantados ao saber que éramos brasileiros e contaram em inglês que estavam fazendo o caminho inspirados pelos livros que haviam lido do Mago Paulo Coelho, nome que iríamos ouvir repetidas vezes ao longo do caminho proferidos por caminhantes de diversas nacionalidades.

Enquanto avançávamos no caminho rumo a Compostela começou a surgir em nos a ideia de viajar por terra e não mais por mar, bicicleta era uma ótima alternativa, leve, prático, e tem muitas pessoas viajando de bicicleta pelo mundo, voltando ao Brasil fizemos mais várias excursões com bicicleta, a rota da Marcia Prado que vai de São Paulo até Santos.

Uma peregrinação de Holambra a Parati passando pela catedral de Aparecida.

A estrada velha da Petrobras de até Salesópolis até Caraguatatuba e seguindo até a praia de Castelhanos na Ilha Bela.

Todas essa experiência nos indicou o caminho inevitável, um Motor Home, e cá estamos nós, com o projeto iniciado.